b-Able2: programa de intervenção híbrida personalizada para a autogestão após AVC
Informação do projecto
Estado do projeto
Terminado
Date
17-01-2022 to 16-01-2024
Entidade Financiadora
Fundação para a Ciência e Tecnologia
Financiamento
49.989,78 €
Referência
b-Able2
Globalmente, o AVC é uma das principais causas de morte e incapacidade. Em 2016, o AVC foi a segunda maior causa de mortalidade com 5,5 milhões de mortes. Em Portugal, o AVC atinge cerca de 15200 habitantes todos os anos e é a principal causa de morte. Além disso, as pessoas com AVC parecem estar mal preparadas para a transição dos serviços de reabilitação, aumentando as readmissões e reencaminhamentos para hospitais e serviços comunitários. Evidências e recomendações para fornecer suporte de autogestão após AVC em países como o Reino Unido, a Holanda, os EUA, Austrália e Nova Zelândia têm mostrado que tal investimento leva a uma economia de custos a médio e longo prazo. Apesar disso, não são conhecidos programas desta natureza em Portugal, os quais representariam não apenas uma diminuição no uso de serviços de saúde, associado usualmente a reinternamentos hospitalares e seus custos relacionados, mas também um aumento na qualidade de vida, das pessoas com AVC e dos seus cuidadores. Os nossos resultados anteriores sobre o processo de adaptação após AVC mostraram que os portugueses com AVC e seus cuidadores revelam manter uma dependência dos cuidados/profissionais de saúde ao longo do tempo, não estando motivados e nem sendo encorajados a terem um envolvimento pro-ativo ao longo do processo de reabilitação. Tendo em consideração esses resultados, bem como os desafios provocados pela atual situação pandémica provocada por COVID-19, este projeto visa contribuir para a transformação digital dos serviços de saúde após AVC através da concepção de um programa inovador personalizado, centrado na díade paciente-cuidador, para suporte à autogestão. O programa final será uma solução híbrida que combinará a intervenção tradicional presencial com o apoio mediado por computador, sendo operacionalizado de acordo com o contexto e o perfil dos seus utilizadores.
Assim, de acordo com cada utilizador, o programa concretizará a transformação digital possível e necessária. Além disso, será desenvolvida uma formação para profissionais de saúde, informada pela melhor evidência disponível, sobre a abordagem centrada no paciente e no seu suporte à autogestão após AVC. O projeto adota uma investigação centrada no utilizador, o que permitirá o envolvimento de pessoas com AVC, seus cuidadores e profissionais de saúde no processo de desenho da solução. O desenvolvimento do b-Able2 é dividido por quatro tarefas, repartidas por três fases: a integração das perceções das populações-alvo: pessoas com AVC, cuidadores e profissionais de saúde (tarefa 1); o desenvolvimento iterativo do programa b-Able2, que será uma solução híbrida para suporte à autogestão após AVC, com feedback dos participantes e formação profissional (tarefas 2 e 3); e a avaliação do programa desenvolvido (tarefa 4). O principal resultado esperado é o programa interdisciplinar e formação para profissionais de saúde (solução b-Able2).